“The White Fleet Suite: Histórias, Canções, Saudade”

Assunto: Espetáculo Musical The White Fleet Suite: Histórias, Canções, Saudade
Dia / Hora: 21 de maio | 21h30
Local: Auditório Madalena Biscaia Perdigão
Entrada Gratuita, mediante levantamento de bilhete no Museu Municipal
Santos Rocha (09h30- 17h00)

The White Fleet Suite: Histórias Canções, Saudade é uma apresentação musical e
poética de altíssimo nível artístico — cuja estreia teve lugar no Canadá, no Arts and
Culture Centre, em St. John’s (Newfoundland), em novembro de 2023, e será
apresenta na Figueira da Foz, no Auditório Madalena Biscaia Perdigão, a 21 de maio,
pelas 21h30, no âmbito do programa cultural «maio é Museu!» e do 21.º Aniversário
do Núcleo Museológico do Mar, sob a forma de A Frota Branca – Histórias, Canções,
Saudade.
É uma apresentação musical que “evoca a cultura e história compartilhadas, com
música tradicional e original, com canções e poesias de Newfoundland e de
Portugal, com projeções audiovisuais.
“Os portugueses pescam ao largo da Terra Nova há séculos. A Frota Branca visitava o
porto de St. John´s para se abastecer ou para se abrigar das tempestades. Eram
sempre bem-vindos, traziam a sua música, os sons da sua língua, vinho, os seus jogos
de futebol, e amizade. Relacionamentos eram forjados; amizades duradouras e
romances. Nós partilhávamos uma ligação comum, a pesca do bacalhau à linha em
águas das mais perigosas no mundo à mercê dos elementos. E nós abríamos as nossa
casas e os nossos corações a estes mareantes trazidos por ventos de longe”, pode ler-
se na descrição do concerto.

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A origem desta evocação vem de há muitos anos. Nasceu do encontro, em meados dos
anos setenta do século XX, quando um jovem estudante português, Teófilo Pimentel
Cerqueira, e uma jovem cantora canadiana, Pamela Morgan, se encontraram em St.
John´s. Pamela ficou fascinada com os navios e os mareantes, e Teófilo apresentou-lhe
a música da sua terra. Pamela, cantora da banda de folk/rock Figgy Duff, e
originalmente interessada sobretudo na música céltica, tocava também na altura com
o acordeonista Art Stoyles que tendo sido criado perto das docas conhecia a música
tocada pelos pescadores e era influenciado por ela, e com o tempo se tornou uma
figura mítica local.
Art Stoyles — que já desde criança tocava o seu acordeão no cais das docas de St.
John´s — aí continuou depois ao longo das décadas seguintes, por todo o século XX,
aperfeiçoando as suas “Portuguese Walzes”.
Leonard Cohen, em 1956, no seu primeiro livro de poemas “Let us Compare
Mythologies” dedicou a estes pescadores portugueses o seu poema “The Warrior
Boats” (o poema que em Portugal só viria a ser depois traduzido e publicado por
Alfredo Pinheiro Marques em 1985).