Gripe Aviária
Segue em anexo o AVISO nº15 e a lista de regiões geográficas, com relação a medidas preventivas para a Gripe Aviária, que tem vindo a manifestar-se em surtos por praticamente toda a Europa.
Chamo especial atenção para a proibição, salvo autorização prévia, de:
- Venda de aves em feiras e mercados
- Permanência de aves ao ar livre – o que requer medidas de maneio como diminuição dos efetivos e abates precoces para evitar a sobredensidade dentro dos pavilhões.
Desde meados do passado mês de outubro têm sido detetados focos de infecção por vírus da gripe aviária de alta patogenicidade, dos subtipos H5N8, H5N5 e H5N1, em diversos países europeus, nomeadamente: Alemanha, Bélgica, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Irlanda, Itália, Noruega, Países Baixos, Polónia, Reino Unido e Suécia, tal como mostrado na tabela abaixo:
Focos de Gripe Aviária | 03/12/2020 (10h00) | Coluna1 | Coluna2 | Coluna3 |
País | GAAP – Aves de capoeira | GAAP – Aves em cativeiro | GAAP – Aves selvagens | Total Geral |
Alemanha | 12 | 350 | 362 | |
Bélgica | 2 | 71 | 73 | |
Croácia | 1 | 1 | ||
Eslovénia | 2 | 2 | ||
Espanha | 1 | 1 | ||
França | 8 | 1 | 9 | |
Irlanda | 5 | 5 | ||
Itália | 3 | 3 | ||
Noruega | 1 | 1 | ||
Países Baixos | 6 | 7 | 44 | 57 |
Polónia | 2 | 2 | ||
Reino Unido | 4 | 1 | 10 | 15 |
Suécia | 1 | 2 | 3 | |
Total Geral | 36 | 8 | 490 | 534 |
Até à data, os focos acima referidos têm atingido maioritariamente aves selvagens (91,76%) sendo que as espécies mais afetadas foram o ganso-de-faces-brancas, o ganso-bravo, a piadeira, o pato-real e a águia-de-asa- redonda. Algumas destas aves foram encontradas doentes e apresentaram sinais clínicos neurológicos como torcicolo, perda de equilíbrio, marcha circular e nadar em círculos.
Uma vez que a migração de outono ainda está a decorrer, espera-se que estes vírus continuem a disseminar-se através da UE e, à medida que o tempo arrefece no norte, no centro e no leste da Europa, é expectável que estas aves se desloquem mais para oeste e para sul. No entanto, não é possível prever que países poderão ser seguidamente afetados pelo que é crucial manter a vigilância, tanto nas aves selvagens, como nas aves domésticas.
Considerando esta situação procedeu-se à publicação do aviso nº 15, remetido em anexo, que visa reforçar as medidas de biossegurança a aplicar nas zonas de alto risco para a introdução de vírus da gripe aviária. No entanto, apesar de não sujeitas às restrições aplicáveis às zonas de alto risco, salienta-se que as boas práticas de biossegurança deverão também ser cumpridas nos estabelecimentos avícolas, bem como noutros locais onde são mantidas aves em cativeiro, localizados fora das zonas de alto risco, a fim de evitar o contacto destas com aves selvagens.